por Marcos Elias
Não há uma fórmula mágica, mas estou aprendendo inglês com ajuda da internet usando apenas materiais gratuitos. Não é um processo rápido nem necessariamente fácil, é necessário ter dedicação e gostar da coisa. Contarei minha história. Não há um guia que sirva para todos.
Trabalho com informática e internet, tenho um hobby enorme por computadores em geral. Dominar inglês (pelo menos leitura e audição) é praticamente essencial para a área que gosto. Mas antes de mexer com computadores sempre gostei de inglês. O primeiro contato com o idioma foi no ensino fundamental a partir da quinta série, numa escola estadual. Era literalmente uma porcaria: professores desmotivados, ruins, muito ruins… A melhor professora faltava muito e atrasava a turma toda. O pessoal jamais sairia dali lendo alguma coisa em inglês – ou pelo menos, lendo e entendendo.
Como sempre fui autodidata, gosto de estudar por conta o que me interessa… Não foi diferente com o idioma inglês. Usando a base da escola (to be, cores, números e umas poucas coisas mais…) comecei a procurar livros. Livros… Quase sempre trazem gramática… Eca, odeio gramática! E, de fato, não é necessário aprender gramática para saber inglês (ou provavelmente qualquer outro idioma).
Quando tive acesso à internet muita coisa mudou. Eu já podia ler e entender alguns textos básicos (the book is on the table…). Sem pronúncia, claro: me refiro à leitura e compreensão, não oral. Com isso fui lendo muitos sites gringos e ampliando o vocabulário aos poucos. Lendo textos de temas que gosto, computação, sei quase todas as palavras.
Eu pulava palavras sem medo. Algumas que eu não entendia não eram necessárias para a compreensão. Mesmo que eu não entendesse 100% do texto, ótimo: entender uns 50% já estava bom no começo. Com a base que tinha da escola, já entendia um pouco mais do que isso.
Eu não tinha parado de estudar por conta com sites de inglês grátis nem livros, mas já estava cansado de ficar apenas lendo. Eu não iria falar nunca! Queria não só um dia falar, como também poder entender coisas que eu ouvia.
Aos poucos eu vi que eu já lia praticamente tudo o que precisava sem dificuldade, especialmente na minha área. Queria algo mais. Aí comecei a ouvir…
Há muitos materiais com legenda no YouTube e em outros sites. Filmes até que são bons, mas as falas rápidas e a necessidade de prestar atenção acabam complicando um pouco. Preferi ver apresentações, coisas mais leves – como keynotes, apresentações de pessoas famosas como Steve Jobs, Bill Gates, etc. Entrevistas… Coisas do meu interesse – computadores e internet.
No começo não foi fácil, mas como já tinha uma boa base das palavras e uma ideia da pronúncia de várias delas – ideias vindas da escola pública mesmo – eu entendia algumas palavras. Com o tempo fui entendendo mais. E vi que, na prática, não é necessário traduzir para entender. Eu estava simplesmente entendendo. Quando o cara falava na apresentação “Hello everybody and welcome to the…” eu não ficava me pegando a palavra por palavra, e sim ao conjunto. Tudo soava naturalmente na cabeça. Quando percebi eu já estava ouvindo inglês.
Não todas as palavras, claro. E depende da velocidade com a qual a pessoa fala. Isso foi sendo aprimorado com o podcast English as a Second Language. Recomendo! O podcast é grátis, você pode baixar o mp3 e ouvir quando e onde quiser. Há um diálogo do dia-a-dia com fala bem devagar, depois explicações… E depois o diálogo na velocidade normal. Esse podcast foi o principal fator que me ajudou a compreender inglês falado. Fiquei tão acostumado que uma hora até enjoei, porque eu vi que entendia tudo o que o cara falava e não tinha mais graça – não sentia mais dificuldade.
Exceto uma palavra ou outra, claro, porque o vocabulário se faz aos poucos. Não é de uma hora para outra, e sempre tem uma palavra nova para aprender. Aliás nem é necessário se preocupar em decorar todas: basta usá-las! As mil ou duas mil palavras mais comuns são práticas para serem decoradas. Você não vai sair falando inglês com elas, mas pode entender, e aí já é um grande começo.
Jogar online ficou mais fácil. Ver filmes sem legenda também. Recomendo ver com legendas em inglês, depois sem. Em filmes, dada a velocidade da fala, eu não entendo tudo. Em alguns entendo pouca coisa. Em vídeos de coisas de informática, tutoriais, apresentações, etc, entendo de 90 a 100%. É espetacular, considerando que nunca entrei num curso de inglês pago. Em assuntos de outras áreas minha compreensão fica baixa pela falta de vocabulário, eu sei que isso é ruim – mas não é de todo mal. Em músicas e filmes perco muita coisa. Paciência, um pouco de cada vez. Pelo menos o que quero já compreendo praticamente tudo (keynotes das grandes empresas como Apple e Microsoft, além dos entusiastas de Linux). Começar aprendendo com algo que você gosta torna tudo mais fácil!
Muitos outros sites me ajudaram nessa jornada, na verdade estão me ajudando! A ideia de criar este blog serviu justamente para isso: divulgar os melhores sites que encontrei. Gostei do EngVid, dos vídeos do Mr Duncan, do Método Callan, entre tantos outros… Ainda farei muitos outros posts com dicas de páginas para aprender inglês de graça.
Estes sites não substituem cursos tradicionais, mas… Podem ser um bom complemento. Na melhor das hipóteses eles te ajudam a compreender melhor o inglês, o que permite pular alguns níveis nos cursos presenciais depois – economizando dinheiro e provavelmente tempo.
Não tenho tanta pressa para aprender inglês, por isso não me dedico diariamente – reconheço, já fui mais dedicado. Se eu me dedicasse mais certamente estaria num nível melhor. Tenho dificuldade para escrever corretamente, muito embora geralmente consigo ser compreendido por gringos nos meus textos. Falar está fora de cogitação por agora, arrisquei umas brincadeiras mas isso fica complicado fazer sozinho. Seria necessário algo mais, contato com outras pessoas. Nesse ponto ainda pretendo fazer um curso que use o método Callan. Ainda falarei dele por aqui. Foi o melhor que encontrei, me apaixonei pelo método, comprei os mp3 e livros em PDF. Ajuda muito a falar inglês desde o primeiro dia. Com pronúncia. E sem foco na gramática. As regras vêm depois que a pessoa já sabe falar alguma coisa estruturada, como no aprendizado natural do idioma. Bom, mas sobre o Callan Method dedicarei um post à parte em breve.
Enfim, é isso! Estou aprendendo inglês por conta própria na internet e compartilharei o que for encontrando de bom neste site. Guarde nos favoritos, recomende e divulgue ;)
http://aprenderingles.explorando.com.br/
Olá, adorei ler seu relato. Eu também estou decidida a aprender Inglês. Só que tenho 69 anos e nunca tive aula de inglês na escola. No meu tempo só escolas de gabarito tinha professores de idiomas. Também estudei muito pouco porque ainda criança tive que trabalhar por ser de família muito pobre. Hoje não tenho mais família. Quero ir embora do Brasil. Preciso aprender inglês antes de morrer! Estou fazendo um curso básico no SENAC mas são só duas aulas por semana, 54 no total do curso, ao curso de mil e quinhentos reais. A professora entra falando fluentemente na aula e eu fico boiando. Agora uma aluna me indicou um curso gratis na internet. Então estou estudando concomitamente no SENAC e no DUOLINGO. Este é grátis e estou achando excelente porque a gente pode estudar no ônibus, antes de pegar no sono, em qualquer hora e lugar, basta ter um celular com internet, força de vontade e persistência. Eu vou aprender porque eu preciso aprender. Não quero morrer no Brasil e uma pessoa de idade que quer ir para muito longe precisa saber se comunicar, pelo menos conhecer o básico. Eu digo para os jovens, estudem idiomas enquanto vocês tem capacidade de memória, pois com o tempo a gente encontra mais dificuldades de aprendizado e, especialmente de memorizar. Continue dando dicas, deve existir muitas pessoas procurando por elas na internet, assim como eu! Obrigada.
Para quem já conhece o método callan existe um curso na net chamado http://masterfluency.com/ o qual é baseado no método callan só que tem um diferencial, a adição de imagens ao método. Assim você tem vídeos para cada lição até completar os dez estágios.
A novidade é que quando do lançamento do curso foi oferecido um brinde a quem se inscrevesse no mesmo podendo indicar uma pessoa para também fazer o curso com toda as vantagens do método.
Quero dizer que realmente o curso é bom, já conhecia o método callan e até iria me matricular numa escola regular em minha cidade que trabalha com o método. Mas quando fiquei sabendo do curso online não pensei duas vezes. Pronto, me matriculei. Agora estou no estágio 2 e as coisas estão começando a ficar mais claras para mim.
Quem desejar conhecer o método e ficar com o direito de fazer o curso http://masterfluency.com/ com o método callan mande email para jair.nevespereira@hotmail.com
Eu já pesquiso muito sobre aprender ingles e já fiz varios cursos gratuitos e pagos e agora conheci um curso muito bom, aprendi bastante, pra quem quiser conhecer o curso esse é o link: http://bit.ly/aprenderingles12
Cara eu também sou autodidata para todas as coisas, gostei muito da sua iniciativa e vou aderir! obrigado pelas dicas e vou estar sempre visitando o site.
Caraca, sua história é bastante parecida com a minha. Comecei estudando em escola pública e depois segui estudando por conta própria. Também sou entusiasta de computadores e internet e também tenho um blog de inglês! Haha..me identifiquei com o seu post e quero te parabenizar pelo seu trabalho por aqui…
Abraços,
Ueritom
I`m learning english,its very difficult,but i believe gonna i can! I start has 5 moth go, Everyday i learning anything, its very good ,One day I will speak English fluently =D
Olá! Estou aprendendo inglês (áudio) vendo vídeos no youtube de coisas que me interessam, e as sensacionais e imperdíveis palestras do TED, muitas das quais têm legendas em vários idiomas (inclusive português brasileiro e inglês).
Aprendo melhor preferencialmente sem a legenda. A legenda me distrai e não presto atenção ao áudio.
A ideia é ver vídeos sem o compromisso de entender tudo, principalmente no começo. O compromisso exigiria voltar trechos várias vezes ou usar legendas para entender; aí aprender inglês ficaria chato e improdutivo. Ver vídeos sem compromisso, de assunto que nos interessam, é o maior incentivo para nos fazer querer entender de uma forma prazerosa.
Às vezes ouço rádios de notícias, também (como a BBC World Service), mas os vídeos trazem um apelo muito maior para entender o conteúdo.
No começo a gente nunca entende tudo, mas vendo pelo menos um vídeo por dia nosso “vocabulário auditivo” vai crescendo e, quando você se dá conta, já consegue entender 90% dos vídeos e palestras, dependendo do vocabulário e da qualidade sonora (dicção, ruídos, etc.). Essa é a minha dica para os leitores.